Entrevista – Leandro Moulin é destaque como pré candidato a vereador em Vitória.

Leandro Moulin é um dos destaques que a política em Vitória apresenta para as eleições de outubro. Aos 38 anos, o jovem servidor público é casado com Mayara e pai de Vicente, de 4 anos. Leandro Moulin é formado em Direito, com pós-graduação em Gestão Pública. Exerceu a função de Subsecretário de Serviços Urbanos, da Prefeitura de Vitória, onde trabalhou durante treze anos, atuando com relevantes serviços prestados à cidade. Em razão de sua expertise na gestão pública, recebeu o convite para sair da Prefeitura e trabalhar na Câmara Municipal de Vitória, onde atua como Diretor-Geral, na gestão do exigente Vereador Delegado Piquet, atual presidente do legislativo na capital. Com recente filiação ao Partido Progressistas - PP, Leandro Moulin fala com propriedade sobre as demandas que a cidade necessita aperfeiçoar. Na família, os saudosos Hélio Carlos Manhães e Juarez Martins Leite são nomes que orgulhosamente podem referendar a capacidade de atuação de Leandro Moulin. Hélio Carlos Manhães foi um ilustre Deputado Federal e Juarez Martins Leite um expressivo Deputado Estadual, ambos com relevantes serviços prestados à sociedade capixaba. Também é sobrinho do saudoso Juarez Bezerra Leite, ex-Vereador e ex-vice-Prefeito de Anchieta, município em que atuou fortemente no combate à corrupção. Em entrevista ao Jornal Calçadão, o pré-candidato Leandro Moulin fala da possibilidade de pedir exoneração do cargo de Diretor-Geral da Câmara Municipal de Vitória e concorrer a uma das 21 vagas de vereador nas eleições de 2024.

Como você começou a participar da política em Vitória?
Eu trabalhei na Prefeitura de Vitória por 13 anos. Entrei na prefeitura em julho de 2010. Exerci vários cargos. Assessor técnico no princípio, depois Secretário Executivo e, por fim, fui nomeado Subsecretário de Serviços Urbanos. Tive uma relação muito próxima e respeitosa com as lideranças comunitárias da nossa cidade, atuando, diariamente, com a limpeza urbana. Um dos projetos que implementamos e tenho muita satisfação foi tornar Vitória a primeira cidade da Região Sudeste a implementar a logística reversa de resíduos eletroeletrônicos e eletrodomésticos, me permitindo acreditar que podemos e precisamos implementar políticas públicas que tragam benefícios reais ao nosso Município.

Em qual secretaria atuou como funcionário público?
Trabalhei nas pastas de Meio Ambiente e Serviços Urbanos.

O que consiste as ações da Secretaria de Serviços Urbanos?
Em 2010 era chamada Secretaria Municipal de Serviços. Atualmente, é a Central de Serviços. Ela é fundamental na manutenção e zeladoria da cidade. Na fiscalização e aplicação do Código Limpeza Urbana, coleta de resíduos, gerenciamento das feiras livres, além da gestão das regionais, com serviços de tapa-buraco, manutenção em escadarias, entre outros. A cidade de Vitória é reconhecida nacionalmente como uma cidade organizada e limpa, mas precisamos avançar no modelo contratual de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

As feiras livres possuem um papel tradicional na cidade?
Sim, temos essa particularidade em nossa cidade. Toda a estruturação das feiras livres começa na madrugada. Produtores e feirantes saem de municípios do interior do nosso estado trazendo alimentos, hortifrutigranjeiros, para abastecer nossos lares. É uma importante fonte de geração de emprego e renda. A limpeza, fiscalização, são etapas que envolvem inúmeros funcionários da Prefeitura e de empresas prestadoras de serviços. Temos também o tradicional Mercado da Vila Rubim, que diariamente, a Prefeitura atua no apoio e gestão para atender a população com alimentos de qualidade e mantendo um local com salubridade.

O que mais podemos dizer das feiras livres na cidade?
Existem famílias que estão com suas barracas há mais de 30 anos, passando por gerações, de pai para filhos, famílias inteiras atuando, do trabalho no campo, do plantio ao compromisso de madrugar e vir trabalhar na venda dos hortifrutigranjeiros aqui nos bairros da capital. Vitória possui 24 feiras livres e todas elas são estruturadas com produtos diversificados, com setores de pescado, açougue, o tradicional pastel com caldo de cana, entre outros tipos de produtos com excelente qualidade. Temos que valorizar todos os feirantes, e parabenizar os moradores que frequentam as feiras livres e que criaram laços de amizades com feirantes ao longo dos anos.

E com relação aos resíduos de produtos perecíveis, é possível aproveitá-los de alguma forma?
Sim, é possível realizar a coleta segregada dos resíduos e destinar à compostagem, evitando a destinação ao aterro sanitário. Demos um passo importante adquirindo contentores de alta capacidade para o armazenamento de resíduos das feiras. Havia também um projeto para um possível aproveitamento dos resíduos orgânicos das feiras e peixarias e transformação em ração para animais, mas o projeto não avançou. A Câmara Municipal de Vitória precisa de um olhar especial para o serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos.

E com relação a gestão Lorenzo Pazolini, como avalia a atual gestão a frente da Prefeitura de Vitória?
Eu atuei em três gestões na Prefeitura de Vitória, como servidor técnico e sem apadrinhamento político. A atual gestão, do Prefeito Lorenzo Pazolini, adotou uma importante medida de contingenciamento de cargos comissionados e racionalização de gastos públicos, possibilitando, assim, o investimento em nossa cidade.

Como foi a sua transição do executivo como Subsecretário de Serviços Urbanos ao legislativo, como Diretor-Geral do atual presidente da Câmara Municipal de Vitória, o Delegado Piquet?
Vivenciar a experiência no legislativo municipal está sendo de grande valia. É um crescimento profissional e pessoal. Fazer gestão no setor público não é tão simples. São muitos desafios, em razão da própria burocracia, que é necessária, mas também em razão da política. Eu digo que no legislativo municipal é um pouco mais complicado do que no executivo, por ser uma casa ainda mais política. Minha formação em Direito, a pós-graduação em Gestão Pública e a experiência na Prefeitura foram de suma importância para que eu pudesse me adaptar rapidamente ao legislativo.

Como avalia a gestão do Delegado Piquet, atual presidente da Câmara Municipal de Vitória?
É uma gestão também focada na técnica. Realizamos o primeiro Pregão Eletrônico da Câmara Municipal de Vitória, após cerca de 20 anos da criação da Lei, aderimos à A3P, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com objetivo de criar uma Câmara mais sustentável, realizamos novo Concurso Público, entre outros.

Como vê a ampliação de 15 vereadores para 21 vereadores na capital?
Vejo como uma importante oportunidade para novos políticos surgirem em nossa cidade. Vitória terá maior pluralidade de ideias, de debates e de representatividade de nossos bairros no legislativo municipal.
É importante também para a renovação, buscando atuar em favor das melhorias na qualidade de vida da cidade.