Vitória marca presença no XVII Fórum Estadual da Undime

Vitória marca presença no XVII Fórum Estadual da Undime

A abertura do XVII Fórum Estadual Extraordinário da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que traz como tema “Desafios da Educação Contemporânea”, ocorreu nesta quarta-feira (18), e a secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner, participou do evento, que segue até esta quinta (19), no Centro de Celebrações, em Jardim Camburi.

Quem deu as boas-vindas a todos foi o vice-presidente da Undime e secretário de Educação de Montanha, Marcelo Lírio. “Vamos falar sobre alfabetização, segurança escolar, temas novos, como inteligência artificial, que está chegando na educação e nós precisamos saber do que se trata e como utilizar da maneira correta nas nossas escolas, e vamos falar também sobre o tempo integral. Então nós temos diversos painéis, palestras para fazer com que nós cheguemos um pouco mais bem preparados a nossa realidade, ao nosso local de trabalho”.

Juliana Rohsner participou do painel que discutiu “O impacto dos conflitos e violência doméstica contra crianças e adolescentes na aprendizagem”, juntamente com a secretária de Educação do município de Aracruz, Jenilza Spinassé Morellato; a psicóloga da Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar (Apoie) da Secretaria de Estado da Educação, Amanda Stafanato Veridiano; e a procuradora-geral de Justiça Catarina Cecin Gazele, do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

A secretária de Educação de Vitória destacou que denunciar um abuso relatado por uma criança não é uma escolha, mas uma obrigação legal, ética e moral. A gestora foi aplaudida ao ressaltar que o papel da escola é ensinar. Ela lembrou que ainda há muitas desigualdades sociais e que, portanto, a escola também é um lugar de proteção social. Por isso, é função da escola enxergar, denunciar e promover formas de romper com ciclos de violência.

“Uma criança vítima de violência convive com essa violência de uma forma muito natural. Uma das coisas que mais me choca é a naturalização das violências. E quando estamos num território de alta vulnerabilidade e alta complexidade, o nosso papel de educador é mostrar que aquilo não é normal nem natural, que existem outros caminhos e a escola é fundamental nessa transformação social”, disse a secretária.

Juliana ressaltou que é necessário discutir  tanto a violência gerada dentro da escola como a violência que afeta a escola, mas não surge dentro dela. “Porque, infelizmente, a escola também ainda é lugar onde se produz violência, quando se fala do bullying, da exclusão, do racismo, das negligências. Então, tem algumas coisas que, sim, estão sendo produzidas dentro da escola e precisamos intervir para que com responsabilidade nenhuma violência seja vivenciada dentro das nossas escolas”, disse.

“Acredito que esse painel é um convite à reflexão. Dada a sociedade em que vivemos, as legislações vigentes, como nós, educadores, podemos agir e interferir?”, concluiu a secretária.

Fonte: Prefeitura de Vitória.

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