Calçadão Vitória – Moradores de Rua um problema social de toda a Sociedade

Calçadão Vitória – Moradores de Rua um problema social de toda a Sociedade

Uma Reflexão sobre a situação dos moradores de rua no Centro de Vitória

Compartilhando Responsabilidades: Uma Reflexão sobre a Situação dos Moradores de Rua no Centro de Vitória

Compartilhando Responsabilidades: Uma Reflexão sobre a Situação dos Moradores de Rua no Centro de Vitória

O numero de moradores de rua no Centro de Vitória triplicou nos últimos anos no Centro de Vitoria. No cenário desafiador do Centro de Vitória, o aumento do número de moradores de rua tem gerado preocupações crescentes junto a população local. Enquanto buscamos entender as raízes desse problema complexo, é fundamental reconhecer que a culpa não pode ser atribuída exclusivamente ao poder público e sim  a todos que fazem parte de uma sociedade civil. Compartilhamos uma responsabilidade coletiva em enfrentar essa questão de forma justa e eficaz.

O Ipea explicou que a exclusão econômica foi citada como causa por 54% das pessoas em situação de rua. Segundo o Instituto, a pobreza, o desemprego e a falta de moradia adequada a preços acessíveis são os principais motivos na esfera econômica.Segundo a Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Vitória, o aumento é perceptível nas ruas da Região Metropolitana. Na capital são mais de  300 pessoas em situação de rua.

Um Olhar Crítico sobre a Solidariedade

Embora muitos se sintam compelidos a ajudar os moradores de rua através de doações e gestos de caridade, é essencial questionar se essas ações estão verdadeiramente contribuindo para uma solução sustentável de melhoria na qualidade de vida desses moradores.

A prática de dar esmolas, por exemplo, pode criar uma dependência física prejudicial e manter os indivíduos presos em um ciclo de necessidade constante. Marmitex ofertada pelos restaurantes locais, como também por outras instituições,   fazem desses indivíduos, seres humanos totalmente dependentes e acomodados com a sua situação. Onde se tem alimento, água e um local para fescansar e dormir fazem desses indivíduos pessoas “acomodadas” com a sua situação de rua, não aceitando ajuda do poder publico através das abordagens da Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Vitória.

As pessoas em situação de rua estão por toda a Grande Vitória, pelas praças, calçadas e embaixo das marquises, mas para muita gente eles são quase invisíveis. “O olhar da maioria da população é de medo ou ‘vou passar para o lado de lá porque ele vai me pedir na certa'”, contou o músico Elias Belmiro, que viveu nas ruas por sete anos e sentiu na pele a indiferença das pessoas.

Entre os amigos que o músico fez durante o período está Leonardo Burim, que contou estar na rua há 18 anos.

“Eu estou na rua por causa do alcoolismo e de problemas familiares. Viver na rua é sobreviver”, disse Leonardo, que passa os dias na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória.

A Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Vitória, explicou que desde o início da pandemia a Covid-19 há mais pessoas morando nas ruas.

“A percepção na rua é de um aumento dessa população em situação de rua, uma que houve a precarização da classe trabalhadora e aumento da pobreza, fotos que repercutiram na região da Grande Vitória”, pontuou Carlos Fabian Carvalho, representante da pastoral.

“Existe uma intolerância muito grande por parte de pessoas que não compreendem que no meio daquele grupo poderia ter um familiar dela. Certos locais onde você tem o uso da droga, do álcool, a falta de segurança pública nasce o medo”.

População em situação de rua cresceu na Grande Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

O Papel das Instituições Religiosas

Enquanto as igrejas desempenham um papel vital na vida comunitária, é importante avaliar como suas atividades de assistência estão impactando a situação dos moradores de rua. Embora a distribuição de alimentos possa fornecer alívio imediato, é necessário considerar se essas ações estão complementando ou substituindo esforços mais amplos de intervenção social e apoio psicológico.

A Importância da Cooperação Comunitária

Em um momento de crise como este, é imperativo que todos nós assumamos nossa parcela de responsabilidade. Isso significa não apenas apontar dedos, mas também buscar soluções colaborativas que abordem as causas subjacentes da falta de moradia e promovam a inclusão social e econômica dos moradores de rua.

Desafios Compartilhados, Soluções Compartilhadas

Enquanto clamamos por uma ação mais eficaz por parte do poder público, também devemos reconhecer que a mudança real requer o envolvimento ativo de toda a comunidade. Ao invés de esperar por soluções milagrosas, vamos nos unir para desenvolver e implementar programas inovadores que ofereçam suporte abrangente aos moradores de rua, desde abrigo e assistência médica até oportunidades de emprego e reintegração social.

A situação dos moradores de rua no Centro de Vitória exige uma abordagem coletiva e multifacetada. Enquanto reconhecemos os desafios enfrentados pelo poder público, também é crucial que cada um de nós assuma sua parte na busca por soluções duradouras e significativas. Somente através da colaboração e do comprometimento mútuo poderemos verdadeiramente fazer a diferença na vida daqueles que mais precisam. Juntos, podemos construir um futuro mais justo e inclusivo para todos os habitantes do nosso amado Centro de Vitória.

Parcerias entre moradores locais, poder público e empresas privadas devam acontecer para tentar minimizar o sofrimento de todos, afinal ninguém que ver um cidadão comum ou mesmo um parente passando necessidades em situação de total vulnerabilidade social e abandono.

Fonte: Por Gabriela Ribetti, TV Gazeta e site: www.centrodevitoria.com.br