Esbanjando ginga, simpatia e beleza, o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Marcel Souza e Malu Nobres, levantou o público durante sua passagem. Carismáticos, eles representavam a criação, no enredo elaborado pela escola. O principal ornamento usado pela dupla era é a panela de barro, símbolo da cultura capixaba.
A Chegou O Que Faltava foi a segunda escola a desfilar no Carnaval de Vitória no sábado (22). A escola enfrentou chuva durante todo o desfile. Com o enredo “Da lama sai muito barulho”, a agremiação valorizou o manguezal e a região de Grande Goiabeiras, com homenagem às paneleiras, ao congo, além de recuperar festividades locais que se perderam ao longo do tempo.
No início do desfile, o abre-alas da escola apresentou ao público a história do mangue. Na composição, elementos como caranguejos, peixes e garças. O mangue também foi representado na alegoria como fonte de sobrevivência. O tripé da comissão de frente, representando a ancestralidade africana, encantou o público, soltando fumaça quando se abria. A alegoria foi um dos destaques na passagem da agremiação pela avenida.
Contudo, a pista molhada dificultou a locomoção dos carros alegóricos, provocando tumultos em algumas alas da escola. A beleza e o brilho de parte das fantasias acabaram ficando comprometidos pela água da chuva. Apesar do imprevisto, os primeiros minutos do desfile da Chegou O que Faltava não apresentou falhas graves.
A passagem da ala que trata da cultura do congo no Espírito Santo conseguiu animar o público. Menos apreensiva que as primeiras alas que passaram debaixo de forte chuva, a ala trouxe o colorido e o tom festivo do congo. O destaque foi o carro alegórico, composto por elementos como casacas e boi-bumbá, gerando identificação imediata com a história contada pelo grupo.
Esbanjando ginga, simpatia e beleza, o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Marcel Souza e Malu Nobres, levantou o público durante sua passagem. Carismáticos, eles representavam a criação, no enredo elaborado pela escola. O principal ornamento usado pela dupla era é a panela de barro, símbolo da cultura capixaba.
O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Marcel Souza e Malu Nobres.
Foto: Tiago Alencar.
Esbanjando ginga, simpatia e beleza, o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Marcel Souza e Malu Nobres, levantou o público durante sua passagem. Carismáticos, eles representavam a criação, no enredo elaborado pela escola. O principal ornamento usado pela dupla era é a panela de barro, símbolo da cultura capixaba.
O último carro da escola, com 15 metros de comprimento, 8 metros de largura e 9 de altura, foi uma grande homenagem ao ofício das paneleiras, destacando o processo de confecção das panelas de barro.
Chegou o Que Faltava no Carnaval de Vitória de 2025: carro homenageia as paneleiras. (Tiago Alencar)
Ao final do desfile, esse carro emperrou e precisou da ajuda de membros da escola para sair do lugar e ser levado à dispersão. A escola conseguiu completar o percurso em 60 minutos.
Carro da Chegou o que faltava emperrou minutos antes do final do desfile.
Foto: Tiago Alencar
Confira o desfile da Chegou o Que Faltava no Carnaval de Vitória de 2025(
Foto: Caio Vasconcelos.
Brilho de rainha
A modelo e empresária Thalita Zampirolli não poupou no samba no pé e levantou a arquibancada durante sua passagem à frente da bateria da escola. Usando fantasia luxuosa, a musa distribuiu alegria, animação e beleza, além de estar o samba enredo da Chegou O que faltava na ponta da língua.
Rainha de bateria da Chegou o que faltava encanta o público com beleza e simpatia no Sabão do Povo.
Foto: Tiago Alencar)
História da escola
A escola rosa, branco e azul entrou na elite do carnaval capixaba em 2023 e, desde então, se manteve no Grupo Especial. Na disputa pelo seu primeiro título, a agremiação apostou em valorizar o manguezal e contar a história do bairro Goiabeiras em seu aniversário de 50 anos.
Samba enredo
Ô yín nàná yò eu sou o mangue
Ô yín nàná yò raiz do meu sangue
Batuque de congo, axé de tambor
De Goiabeiras o povo do samba chegou
(Ah mas chegou)
O que faltava quando tudo era nada
Oxalá foi a estrada e a Senhora anciã
Saluba nanã fez da lama seu ofício
Rege fim e o princípio
É memória ancestral do manguezal
O sal do corpo encontra a doçura
Onde repousam fé e cultura
Submerso ventre maternal
Pescador partiu pro mar
Na vazante o catador
Quem me cura é benzedeira
Onde a fé perpetuou
Das cantadeiras de roda a voz da lição
Som que emerge no meu pedaço de chão
Tira a canga do boi
Que griô é a estrela, menina
Tira a canga do boi
Salve preto Benedito que abençoa meu Barreiro
Vou louvar Sebastião todo vinte de janeiro
São Reis por Rainhas da vida
No vale da lida, nas mãos mulembá
Da lama transcende a chama!
Na cuia que abriga o dom de moldar
De Mães e filhas, eterna essência
São paneleiras a herança em resistência
Nasci… Da fogueira dessa gente
De chão nobre, imponente
Preta forma de amor
Nos toques que ampliam meu barulho
Minha escola, meu orgulho Evoca à vitória em seu louvor
Presidente: Rafael Cavalieri
Ficha Técnica
Escola: A Associação Cultural Chegou o Que Faltava
Fundação: 06/06/1975
Comunidade/Território: Grande Goiabeiras
Presidente: Rafael Cavalieri
Carnavalesco: Vanderson Cesar
Direção de Carnaval: Lorena De Bona e Rislany Rosa
Coreógrafo da comissão de frente: Rodrigo Carvalho
Intérprete: Igor Vianna
Diretor Musical: Vinicius Moraes
Direção de Casais: Grazzi Ferreira e Rafael Miranda
1° Casal de mestre-sala e porta-bandeira: Amanda e Kleyson
Editor – Empreendedor no setor de publicações independentes e fundador do Jornal Calçadão em 1988 – agosto. Fundador do Parque Pedra da Cebola – onde com o Jornal Calçadão durante 10 anos construiu uma tese : Notícias Saudáveis transformam a sociedade doente.. Editor da Revista Municípios do Espirito Santo – 1998 a 2010 – Com 18 edições.