Parque Moscoso dá inicio nobre ao Bairro “Parque Moscoso”.

Parque Moscoso dá inicio nobre ao Bairro “Parque Moscoso”.

O nome Vila do Moscoso foi dado ao aterro, em homenagem ao presidente da província, Dr. Henrique Moscoso que teria dado início às obras. Neste período, final do século XIX, os aterros e a urbanização do local eram recomendados pelas autoridades sanitárias da época. Na década de 30 a região do Parque Moscoso tornou-se altamente valorizada, instalaram-se na proximidade residências pertencentes à elite capixaba. A área era aberta ao público, dispunha de muita vegetação, lagos, pássaros, uma quadra de tênis e era considerada como o lugar para o encontro da sociedade capixaba.

Um espaço de tranquilidade ao meio urbano é o principio centenário de um bairro  da capital.

Bairro Parque Moscoso faz parte  do Centro Histórico  – 

Conjuntamente com Cidade Alta.

1912… a 2025.

Parque Moscoso é um parque público, localizado no Centro de Vitória, capital do Espírito Santo, sendo uma área protegida que pertence ao sistema nacional de unidades de conservação.]

Inaugurado em 1912, é o mais antigo parque municipal da cidade.[2] Com, aproximadamente, 24 mil metros quadrados de área, é considerado um ambiente de tranquilidade em meio à correria do centro da metrópole. O nome Moscoso é uma homenagem ao presidente da província Henrique Moscoso. Possui um lago com peixes e duas ilhas, cortado por pontes e alamedas formadas por árvores típicas da Mata Atlântica.

Parque Moscoso irá receber as festividades do aniversário de Vitória, nesta sexta-feira (8) — Foto: Diego Alves/PMV

Parque Moscoso Concha Acústica – Foto: Diego Alves/PMV

No parque existe a Concha acústica, um palco onde acontecem inúmeros espetáculos, tombada como patrimônio cultural pelo Conselho Estadual de Cultura. Em maio de 2012, foi celebrado os 100 anos e para tal comemoração a prefeitura de Vitória iniciou obras de restauração da concha acústica, revisão das instalações elétricas, recuperação dos bancos, dos muros e das calçadas externas e reforma do lago principal.

História

Na parte baixa da ilha de Vitória havia uma área conhecida como Campinho (atual Parque Moscoso) formada por terrenos alagados pelas marés da baía de Vitória. O espaço foi doado pela União por meio da Lei Federal nº. 2.356/1910 ao então governador do estado Jerônimo Monteiro (1908 -1912) para a construção de um parque em homenagem a Henrique Moscoso.

A área sofreu vários aterros e depois foi dividida em lotes, o paisagista Paulo Motta Teixeira foi encarregado para a execução do projeto e as obras foram iniciadas em 1910.

Projetado à moda do século XIX, era um grande jardim que ganhava aos poucos traços do estilo eclético e art nouveau. Foram instadas fontes, repuxos, ruínas de templos greco-latinos, lagoas com pequenas ilhas artificiais e pontes.

Na década de 30 a região do Parque Moscoso tornou-se altamente valorizada, instalaram-se na proximidade residências pertencentes à elite capixaba. A área era aberta ao público, dispunha de muita vegetação, lagos, pássaros, uma quadra de tênis e era considerada como o lugar para o encontro da sociedade capixaba.

Em 1952 o espaço sofre uma primeira intervenção. Inicia-se a construção da concha acústica e a construção do Jardim de Infância, ambas projetadas pelo arquiteto Francisco Bolonha seguindo a moderna arquitetura dos anos 50. As alamedas foram desviadas e estreitadas para dar lugar para a Capela Ecumênica, brinquedos para as crianças foram implantados e foram construídos muros e grades para que fosse implantado um sistema de cobrança de ingresso restringindo sua utilização, o que acabava contradizendo com a definição e função do Parque Urbano.

Em 1973, foram alteradas algumas linhas estruturais e construídas pequenas edificações que mudaram sua ambientação e sua função, sendo realizado o seu limite por muro com grades. Este é o marco da segunda intervenção no Parque Moscoso.

Em 2001 o parque passou por um novo processo de revitalização para recuperar as características originais. O muro foi substituído por grades, os traçados dos caminhos e as fontes voltaram aos locais originais e pequenos detalhes foram recuperando características originais, tornando-o parecido ao que era no passado..

Referências

  1. «Unidades de Conservação». Turismo Capixaba. Consultado em 14 de outubro de 2019
  2. «Parques». Prefeitura de Vitória. Consultado em 14 de outubro de 2012

Monumento a Henrique Moscoso

Henrique Moscoso –
Foto: Walter de Aguiar Filho,junho/2011

O Monumento: é constituído por um busto de bronze sobre pedestal de granito iniciativa do Governador do Estado Jerônimo Monteiro, que, ao criar o atual “ Parque Moscoso”, fez colocar nele o monumento.

Localização: Parque Moscoso

Ato Inaugural: Foi inaugurado em 1 de janeiro de 1891.

Inscrições: “Homenagem do Governador do Estado do Espírito Santo”

Monumento primitivo em 1891

Busto colocado em 1910

Recolocado em 1973

Fonte: Monumentos Publicada em 16/07/2011 por Morro do Moreno

Personalidade: Dr. Henrique de Ataíde Lobo Moscoso, nasceu em Pernambuco e faleceu na Capital do Espírito Santo, em 08 de agosto de 1888.

Foi nomeado Presidente da Província do Espírito Santo a 01 de agosto de 1888, tendo tomado posse do cargo a 3 de mesmo mês e ano.

Administrador esforçado, iniciou, por assim dizer, o saneamento de Vitória, devendo-se a ele a maior parte do aterro do antigo Campinho, onde se encontra hoje o famoso Parque que recebeu o seu nome, e , onde se encontra o monumento em sua homenagem.

Fonte: Catálogo dos Monumentos Históricos e Cultural da Capital – Vitória – ESAutor: Willis de Faria (o catálago foi por ele doado à Casa da Memória em 27-03-93)Foto: Sérgio Lobos Martins e Flávio Lobos Martins FilhoCapa: Eugênio G. HerkenhoffCompilação e foto atual: Walter de Aguiar Filho, julho/2011
Fonte: Monumentos Publicada em 16/07/2011 por Morro do Moreno

Transformações

Hoje o Parque Moscoso é frequentado por pessoas de todas as idades e das mais variadas situações econômicas. Naquele espaço, o popular e o erudito convergem para o mesmo ponto; o concreto e a natureza representam as transformações arquitetônicas que aconteciam em várias lugares do mundo – do Rio de Janeiro a Paris.  O nome veio como homenagem ao presidente da província do Espírito Santo entre 1888 e 1889, Henrique Moscoso.

Prédio mais antigo da região do parque.

O Parque Moscoso tem entrada gratuita abre todos os dias da semana, inclusive feriados: de terça-feira à domingo, das 5h às 22h, e às segundas-feiras, das 5h às 9h e das 17h às 22h.

Os portões de entrada se localizam nas ruas 23 de maio e Padre José Anchieta e nas avenidas Cleto Nunes e República, no Centro Histórico de Vitória. Lá, os visitantes encontrarão campo de futebol de areia, playground e mesas de jogos, duas lanchonetes.

Do Parque Urbano – nasce a Vila do Moscoso e posteriormente o bairro Parque Moscoso.

Anteriormente área de mangue chamada Lapa do Mangal e depois Campinho, o bairro era um dos limites da cidade no fim do século XIX e início do século XX.

As primeiras intervenções nesta área ocorreram no governo de Francisco Alberto Rubim (1812-1819) que realizou, nesta época, um aterro ligando o Porto dos Padres à construção da Santa Casa de Misericórdia, passando pela lateral do Campinho e originando a Rua do Comércio, atual Avenida Florentino Ávidos.

Essa obra, ainda que facilitando a passagem de pedestres até o hospital, transformou o mangue do Campinho em um alagadiço sujo, pois impediu a limpeza natural do local pelo movimento da maré.

 

Fonte: http://deolhonailha-vix.blogspot.com.br/2011/05
Fonte: http://deolhonailha-vix.blogspot.com.br/2011/05

IMAGEM – O campinho aterrado, com as primeiras casas da Vila Moscoso e o traçado do Parque – 1910

Segundo informações do site da Prefeitura Municipal de Vitória, o aterro da área interna do Campinho foi iniciado em 1882 e completado em 1888. Algumas fontes, contudo, datam o início deste aterro no fim de 1888, no governo de Henrique Ataíde Lobo Moscoso, quando foi realizado um estudo da área, e ainda que na primeira metade do ano seguinte, uma parte considerável do aterro já havia sido concluída.

O nome Vila do Moscoso foi dado ao aterro, em homenagem ao presidente da província, Dr. Henrique Moscoso que teria dado início às obras. Neste período, final do século XIX, os aterros e a urbanização do local eram recomendados pelas autoridades sanitárias da época.

Após 1890, somente ocorrem obras dessa natureza durante o governo de Jerônimo Monteiro (1908-1912), quando o crescimento urbano de Vitória estava direcionado para as áreas centrais da cidade.

Foi concluído ainda neste governo, todo o serviço de aterro da várzea e cobertura da vala, assim como, o ajardinamento do Parque. Essas obras foram responsáveis por proporcionar nova possibilidade de expansão e valorização da parte baixa da cidade para atividade social e residencial, já que somente a parte alta da cidade era valorizada.

Segundo Campos Junior, este espaço sofreu uma série de ações que transformaram a paisagem da cidade. Com o passar dos anos a importância da área cresce e, por volta de 1940 o local, anteriormente insalubre, veio a ser considerado o ponto nobre da cidade.

Antes do aterro do Campinho onde hoje está o Parque Moscoso, o bairro não tinha nome e se confundia com a Vila Rubim. Depois da construção do parque, as primeiras casas começaram a se erguer e a região atraiu novos moradores.

Há evidências que para a região do Parque Moscoso dirigiram-se às famílias mais bem sucedidas, dando origem à constituição do bairro. Moravam no Parque Moscoso, ricos comerciantes, famílias de ex-governadores do Estado, Comandantes da Polícia Militar e ainda o primeiro Prefeito de Vitória, Ceciliano Abel de Almeida.

Veja abaixo :  histórias de nosso povo capixaba.

O fantasma e as fontes do Parque Moscoso

Numa rápida passagem pelo Parque Moscoso eu dei uma assentada num dos bancos da Concha Acústica quando me surgiu o fantasma do centro histórico de Vitória pondo-se a dançar freneticamente no palco cimentado à minha frente com saltos bailarinos de causar inveja ao soviético Rudolf Nureyev. Enquanto dançava com agilidade fantasmagórica, esticava os braços por cima da cabeça batendo as mãos uma contra a outra como se quisesse estalá-las, curvava-se elasticamente até quase botar o nariz no chão e ria, ria esgares medonhos de serem vistos. De repente, estacou no ar a dois palmos do solo, olhou-me seriamente com os olhos embaçados e remelentos de terra, e, para meu espanto, explicou: “Estou dançando ao som da parte mais intensa da Dança dos Sabres, de Aram Khachaturian, que ouço mentalmente: tantantantantantantantantatantant-aaaan… Quer dançar comigo?”

“Mas eu não estou ouvindo nada, fantasma…! Você está ouvindo mentalmente em Ré Menor ou Sol Menor?”

“Pouco importa o tom, meu ínclito. Se você não ouve, eu trauteio a música enquanto nós dançamos e não precisa ser de rosto colado”, disse explodindo num riso crocodilesco.

De imediato, a imagem burlesca percorreu meu pensamento: eu dançando aos pinotes na Concha Acústica ao som de uma música que meu acompanhante trauteava, mas que só eu ouvia enquanto também só eu o via cantarolando e dançando, sob o risco de ser considerado um louco pelas pessoas que me flagrassem naquele transe alucinado. Pior ainda se me fotografassem com um celular, num clique indiscreto e humilhante que viralizasse nas redes sociais! Dei então uma boa risada em troca da gargalhada debochada do fantasma cujo sentido ele pegou no ar.

“Já sei, meu digno. Você não quer passar por mentecapto. Mas, preste atenção no que vou dizer: se quem canta seus males espanta, quem dança espanta-os muito mais. E de males você deve ter a alma pejada. Liberte-se, mon cher. Dê une preuve de courage. Vem, me dê a mão!” – e esticou para mim a manopla horrenda da qual me esquivei num desvio de acrobata. Mas se me livrei do indigesto gesto, não escapei de tê-lo sentado ao meu lado.

“Já que você não quer dançar, vamos conversar.”

“Sobre o quê, fantasma?” indaguei aborrecido.

“Ora, meu ínclito, assunto está sobrando a nossa volta. Vede, vede!”, disse abrindo os braços num gesto ecumênico, enquanto girava incrivelmente o corpo sobre a cintura para designar todo o parque ao redor da Concha Acústica.

“Temas não faltam: o parque e toda a sua vizinhança; a Ilha dos Amores com as ruínas clássicas e as pontes imitando troncos de árvores transpondo o lago artificial; a fonte Jerônimo Monteiro, o grande governante que inaugurou o parque em 1912; a Fonte dos Cavalos; o palacete azul da Vila Oscarina; o antigo coretinho que acabou sem que ninguém desse um pio a seu favor, tal qual o Orchidário com o anfiteatro das orquídeas e seu ch no nome; os saudosos fotógrafos lambe-lambes; a própria Concha Acústica…  Allez, allez, mon ami! Escolha um tema que lhe toque a alma, desde que não seja o ido e sumido Parque Tênis Clube tão grato às suas saudades menineiras do qual já me falou tantas vezes.”

“Debulhe você primeiro o tema da sua preferência, fantasma”, disse-lhe dando a primazia discursiva, adivinhando que, do Parque Moscoso, quem queria falar era ele.

Com uma cruzada de pernas que o deixou à vontade para soltar o verbo, discorreu satisfeito: “Começo pela fonte que recebeu merecidamente o nome do incomparável Jerônimo Monteiro. Eu, que na cerimônia de inauguração do parque estava ao lado de Paulo Motta, com seu indefectível terno branco, chapéu de palhinha, gravatinha borboleta, sapatos de bico fino e bigodão espesso e que foi o autor do projeto paisagístico do parque inspirado em modelo francês da época,

revelo-lhe um segredo que ninguém sabe: quando a água da fonte jorrou cristalina eu, seulement moi, vi os olhos do presidente Jerônimo Monteiro (lembre-se de que foi ele quem dotou Vitória de água encanada) marejarem uma furtiva lágrima de emoção. Nem era para menos, mon cher ami. Naquele momento, a cidade de Vitória igualava-se a inúmeras grandes cidades do Brasil com chafarizes ornamentais originários da Europa, de onde se espalharam mundo afora. E convenhamos, meu ínclito: é realmente um chafariz de encher os olhos d’água. Olhe só”, concluiu o fantasma apontando em direção à fonte, faltando pouco para que dos seus olhos cavos também destilasse  uma lágrima que, no seu caso, seria no mínimo extemporânea.

Enquanto eu me recompunha da espiadela ao chafariz o fantasma prosseguiu, voltando-se agora para a Fonte dos Cavalos, à direita de onde estávamos:

“Já que estou com a palavra, você conhece alguma particularidade interessante sobre a Fonte dos Cavalos?”

“Sei que ela é bem antiga…”

Par Dieu, que resposta chocha para um pretenso historiador! Quando fiz a pergunta estava me referindo a algum detalhe singular como, par exemple, o que está escrito em torno do globo do chafariz… Savez vous qual é a frase? Se sabe, diga lá.”

“Aí é querer demais, fantasma!”, respondi derrotado.

“Pois está escrito ‘Villa Henrique Moscoso – Homenagem ao Trabalho’ (e vila com dois ll), num justo preito à memória de Henrique Moscoso, que governou o Espírito Santo entre 1888 e 1889. Foi ele quem criou a Vila Moscoso, onde o parque foi localizado e conserva, felizmente até hoje, o nome que tem”, disse o fantasma plein de lui-même. E cheio de si mesmo, me provocou: “Falei sobre as fontes do Parque. Você vai falar sobre o quê, mon ami?”

Nascido que sou na rua José Bonifácio, pertinho do Parque Moscoso, toda a minha infância a ele estreitamente ligada, confesso que me senti sentimentalmente instigado a fazer um dueto de reminiscências com o fantasma, talvez ao som em surdina do tantantantantantantantantatantant-aaaan da Dança dos Sabres… Poderia então ter falado da minha admiração pelo belo mural da autoria de Anísio Medeiros, aliás, um dos poucos existentes em nossa cidade, que reproduz um cardume estilizado na parede do prédio do antigo Jardim da Infância Ernestina Pessoa, na esquina da rua José de Anchieta com a 23 de Maio; poderia ter falado sobre as ruínas clássicas da Ilha dos Amores, cenário de tantas e tantas fotos dos que visitavam e visitam o parque, inclusive uma delas de meu pai e minha mãe quando ainda eram noivos; poderia ter falado do coretinho catita que, por memória, só deixou fotos que o tempo empalideceu.

Poderia ainda rememorar as figuras emblemáticas dos fotógrafos lambe-lambes e me referir em particular à comovente crônica de Marilena Sonegheti,  com o título Labirinto, sobre a comitiva familiar que acompanhou um bebezinho morto em seu caixão de anjo para ser fotografado ali  no parque…

Mas, na verdade, não estava a fim de espichar conversa, o que me levou a pedir desculpas ao fantasma deixando o assunto adiado para outra ocasião.

Ele aceitou minha escusa, dizendo: “Trés bien. E enquanto você parte, vou voltar à Concha Acústica para continuar dançando embalado agora pela Cavalgada das Valquírias, de Richard Wagner.”

Assim falando, lançou-se tão efusivamente aos seus faniquitos dançarinos que mesmo a distância eu o ouvia trautear tantantantan-tan-tantantantan-tan-tantantan-aaaan…

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  Texto – Fonte : Viradão Vitória – PMV – conteúdo de responsabilidade do anunciante

REFERÊNCIA

http://deolhonailha-vix.com.br/2011/05/parque-moscoso-um-fragmento-do-passado_8228.html

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