Vitória inicia mapeamento de veios de água no subsolo do Maciço Central
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) dará início, nesta quinta-feira (10), às pesquisas hidrogeológicas para mapeamento dos veios de água subterrâneos localizados no Maciço Central da capital. A iniciativa faz parte do programa Fonte Viva, que compreende a elaboração de estudos hidrológicos para identificação da qualidade e a quantidade de água em nascentes da cidade.
O estudo será desenvolvido com equipamentos de eletrorresistividade (método capaz de ler níveis baixos de resistência elétrica), uma tecnologia avançada que se baseia no lançamento de correntes elétricas sobre o solo para localização das frestas/fraturas que armazenam e conduzem a água até as nascentes, permitindo assim o mapeamento dos veios/canais subterrâneos em até 20 metros de profundidade.
O mapeamento hidrogeológico deverá ser concluído até o final de setembro, quando se terá um reconhecimento detalhado sobre aquífero disponível no subsolo do Maciço Central. Os trabalhos serão desenvolvidos pelo geólogo Pedro Piazzarollo Vietchesky e o engenheiro Ambiental Lucas Luiz Dall Orto Fantin, consultores da equipe do Programa Fonte Viva, da Semmam.
“O mapeamento desses veios e bolsões de água também possibilitará o aprimoramento dos trabalhos de conservação das nascentes”, apontou o secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger.
O secretário ressalta que esse estudo permitirá ao município identificar, também, reservas que poderão ser utilizadas no futuro, no caso de um possível desabastecimento pelos rios que atendem atualmente a capital com água para consumo dos moradores – Santa Maria da Vitória e Jucu.
“Por meio dessas reservas de água, seria possível fazer a captação, o tratamento e a distribuição por meio de fontes públicas, em uma situação de emergência”, afirmou Föeger.
Ainda de acordo com o secretário, como exemplo, o município identificou que na lagoa da Pedreira Mulembá, situada no Parque Municipal Natural Vale do Mulembá, há uma reserva de segurança de água estimada em 150 milhões de litros, que poderia ser utilizada em caso de emergência hídrica na capital.
Fases
Nesta primeira etapa do programa Fonte Viva estão em desenvolvimento estudos sociais e ambientais, com destaque para os levantamentos hidrogeológicos, visando mapear os veios/fraturas e identificar a qualidade e o volume de água que aflora nas nascentes do Maciço Central.
Em uma segunda etapa, o programa Fonte Viva ampliará estruturas de engenharia hidráulica para viabilizar o uso alternativo da água para serviços públicos e para uso das comunidades, em caso de desabastecimento.
Fonte: Prefeitura de Vitória.